Robert Kirkman, Gillian Jacobs e Zazie Beetz revelam ao Omelete o segredo do sucesso da animação
Ana Beatriz Martins De Souza
fonte: www.omelete.com.br
em: 27.04.21
Se há um gênero que ganhou espaço no cinema e na TV
nos últimos anos, certamente é o de super heróis. Após uma explosão nos anos 2000, hoje eles são o carro chefe
de estúdios, que investem em produções que vão desde o heroísmo tradicional - como o Universo Marvel -, até
aqueles que chegaram para subverter tudo, como a série
The Boys. Se por um lado investir em heróis é (quase) certeza de lucro certo, como fazer para se destacar em um
mar de opções semelhantes? No caso de Invencível, a
série animada do Amazon Prime Video, foi a aposta na
combinação de uma história única e um elenco digno de
grandes blockbusters.
Cena de ''Invencível" Imagem: www.pipocasclub.com.br |
Assim como muitas produções do gênero, Invencível
(Invincible, no original) é baseada em uma HQ de sucesso.
Seu criador é Robert Kirkman - que carimbou seu nome na história dos quadrinhos com The Walking Dead-, revista
que trouxe os zumbis de volta à moda e virou uma franquia gigantesca que explodiu em 2010 com a série de TV.
Essa foi a primeira experiência de Kirkman com adaptações
de sua obra - o que se tornaria um hábito tanto com as
derivadas de TWD, quanto com Outcast, Superdinossauro
e mais. Em uma entrevista coletiva virtual da qual o Omelete
participou, o autor revelou como Invencível se destaca dentre obras inspiradas em suas HQs:
“Essa é a primeira vez que fiz algo que (além de Superdinossauro)
não é horror. Outcast e The Walking Dead são muito diferentes
por causa disso. Crescendo como um fã de HQs, super-heróis é
algo que me empolga eternamente, então é ótimo fazer algo
diferente dessas outras séries, que exercita a outra metade do
meu cérebro. Apesar de ser uma história sombria e dramática,
há um grande senso de diversão e aventura”, avaliou.
Pôster de divulgação The Boys
Imagem: canaltech.com.br
Primeiras Impressões: Invencível compensa visual pouco
inspirado com reviravoltas e paixão por heróis
Diversão e aventura são quesitos importantes para qualquer
história de super-heróis, mas Invencível vai além. A série combina elementos clássicos do gênero com um toque moderno que usa reviravoltas chocantes, humor sarcástico e uma violência divertida de assistir na ficção. Com tudo para agradar o exigente público de heróis, a
animação ainda guarda um último triunfo: um elenco estelar composto por grandes nomes como Steven Yeun
(The Walking Dead), JK Simmons (Homem-Aranha),
Sandra Oh (Grey’s Anatomy) e muito - muito - mais.
Ao Omelete, Kirkman já havia celebrado que Invencível
tem o "elenco mais doido" com quem trabalhou. Na coletiva tivemos a oportunidade de falar com dois dos
membros desse mar de estrelas: Zazie Beetz e Gillian
Jacobs. Além de grandes nomes no cinema e na TV, as atrizes ainda tem a vantagem de não serem estranhas a
universos de super-heróis:
Robert Kirkman, criador de The Walking Dead
Imagem: observatoriodeseries.uol.com.br
“Tive sorte o suficiente para estar em três universos
que são muito diferentes entre si, se compararmos
Deadpool 2, Coringa e agora isto”, relembrou Beetz
antes de explicar como Invencível é diferente de dois dos mais queridos filmes baseados em HQ em que
trabalhou. “Não apenas por ser um projeto animado,
mas o tom de Invincible é diferente dos outros dois. Particularmente consigo me identificar com Invencível
/Mark, seus sentimentos sobre onde é seu lugar, em
sua família, o que significa ganhar poderes. Foi difícil
ler os roteiros e gravar”.
Já Gillian Jacobs, conhecida por seus papéis nas séries
Community, Girls e Love, se aproximou das HQs em
Marvel 616, série documental do Disney+, em que dirigiu um episódio sobre as mulheres da história da
Marvel. Diferentes, os projetos aconteceram ao mesmo
tempo e trouxeram diferentes experiências para a atriz
no campo dos quadrinhos.
“Foi meio incrível, porque estava trabalhando naquilo ao
mesmo tempo em que gravava para Invencível, então
sempre senti que estava aprendendo muito sobre os quadrinhos e sua história. Passei de entrevistar
criadores e artistas para ser heroína em uma série,
então foi muito divertido”.
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